quinta-feira, 18 de março de 2010

Banheiro descartável custa alguns centavos e pode ajudar no montanhismo !!!

Galera,
Olha só que novidade legal acabei de encontrar sobre saneamento básico, algo muito importante para o nosso planeta e para nós amantes das aventuras ao arlivre. O texto não é tão longo e muitíssimo interessante. Vale a pena ler.

Depois aproveitem e mandem um comentário...

(Favela no Quênia)

Sacola onde são depositadas as fezes é biodegradável. Invenção foi pensada para favelas do Quênia, mas tem potencial para reduzir ou até eliminar o efeito mais desagradável do montanhismo. Talvez assim despareçam os famosos “bosteiros“ que cercam os acampamentos nas montanhas mais procuradas. Um empreendedor sueco está tentando produzir e comercializar uma sacola plástica biodegradável, que funcionaria como banheiro descartável para favelas urbanas no mundo em desenvolvimento.


Uma vez usada, a sacola pode ser amarrada e enterrada. Uma camada de cristais de ureia quebra os dejetos e os transforma em fertilizante, matando os elementos patogênicos - causadores de doenças - encontrados nas fezes.

A sacola, chamada de Peepoo, é criação de Anders Wilhelmson, arquiteto e professor de Estocolmo. 'Ela não é somente sanitária', afirmou Wilhelmson, que patenteou o produto. 'Também pode ser usada para cultivar plantações'.

Em sua pesquisa, ele descobriu que favelas urbanas do Quênia, apesar de densamente povoadas, possuíam espaços abertos onde os dejetos poderiam ser enterrados.

Ele também descobriu que habitantes de favelas locais coletavam seus excrementos num saco plástico e se dispunham deles arremessando-os, o que chamavam de 'banheiro voador' ou 'banheiro helicóptero'.

(Favela no Quênia)

Centavos de dólar
Isso inspirou Wilhelmson a projetar o Peepoo, uma alternativa ambientalmente correta que, segundo ele, seguramente trará lucro. 'As pessoas dirão: ´Isso tem valor para mim, mas com um preço bom', explicou.

Seus planos são vender as sacolas por 2 ou 3 centavos de dólar - comparável ao custo de um saco plástico comum.

No mundo em desenvolvimento, calcula-se que 2,6 bilhões de pessoas, ou cerca de 40% da população mundial, não tenham acesso a banheiros, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

VOCÊ SABIA?!

A empresa Rigel Technology, de Cingapura, apresentou um banheiro de 30 dólares que separa os dejetos sólidos dos líquidos, transformando o lixo sólido em adubo.

A Sulabh International, empresa sem fins lucrativos da Índia e sede da Cúpula Mundial do Banheiro de 2007, está promovendo diversos banheiros de baixo custo, incluindo um que produz biogás a partir dos dejetos. O gás pode, então, ser usado na cozinha.

Entretanto, Therese Dooley, conselheira sênior de saneamento e higiene da UNICEF, afirmou que inculcar hábitos de saneamento não era uma tarefa fácil. 'Isso exigirá uma grande mudança comportamental', afirmou Dooley.

Ela acrescenta que, embora 'o setor privado possa desempenhar um papel de destaque, ele nunca chegará à base da pirâmide'.

Uma população considerável, pobre e sem educação, ainda será deixada sem banheiros, segundo Dooley, e ONGs e governos terão de se empenhar mais na distribuição e educação.

Enquanto isso, Wilhelmson segue em frente com seu Peepoo.

Após testar o produto com sucesso por um ano no Quênia e na Índia, ele contou que pretende massificar a produção da sacola neste verão.

Fonte: Sindya N. Bhanoo do New York Times e G1.com

sábado, 13 de março de 2010

Agradecimentos aos amigos e apoiadores

Nestes cinco anos de projeto não teriamos conseguido tantas conquistas sem a juda dos parceiros que incondicionalmente estiveram ao nosso lad. Vai nosso mais profundo agradecimento a estes AMIGOS:


Ao Claudio e Claudia da loja Casa do Alpinista, ao Humberto do Curso Gabarito e ao meu amigo Marcinho da Lab3 que vem nos apoiando e depositando uma confiança incondicional ao Projeto.

Ao Aluizio do parque Nacional da Tijuca - ICMBio que sempre esteve ao nosso lado trabalhando na trilha e defendendo a execução do Projeto entre os opositores e discrentes.


Aos vários chefes do Parque Nacional da Tijuca em suas respectivas gestões (Sônia Peixoto, Celso Junius, Antonio Pedro, e Ricardo Calmom) e aos funcionários do Parque que mesmo sem poder ajudar muito apoiaram de alguma forma.


Ao pessoal do PREV-FOGO que trabalhou como sherpas carregando pesados troncos até os locais mais remotos da trilha.
Aos amigos excursionistas da UNICERJ que nos apoiaram transportando os pesados troncos de madeira pela trilha.

Ao meu amigo Pedro Menezes que mesmo distante em espaço físico sempre tentou me incentivar e apoiar nos trabalhos técnicos.

Ao pessoal da Fundação Boticário que sempre me recebeu calorasamente em meus cursos de especialização na reserva Salto Morato.


Um agradecimento especial ao Afonso Silva Verly da Federação de Bandeirantes do Brasil que sempre esteve pronto para qualquer tarefa, das mais simples as mais difíces sem nunca reclamar de nada.

Ao Helmut, Marcus e Ricardo, incansáveis guerreiros e amigos que deram e dão muito duro trabalhando dentro e fora da trilha.


À minha esposa Sandra Cairo que incassavelmente me acompanhou nos trabalhos de trilha sem nunca reclamar de nada.


Aos meus fisioterapeutas que toda semana me "consertam" após um final de semana de exaustivas horas trabalhando na trilha.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Projeto Pedra da Gávea "Amando e Preservando"

INTRODUÇÃO
- Problemas encontrados:
A trilha da Pedra da Gávea vem sendo ao longo dos anos uma das trilhas mais visitadas do Parque Ncaional da Tijuca e do pais, tendo sido já registrado em seu platô cerca de 200 excursionistas em um único dia de domingo. Por estar situada no Setor C, distante alguns quilometros da sede administrativa do Parque onde fica situado o QG da fiscalização (praticamente inexistente), a trilha raramente recebeia qualquer tipo de fiscalização ou monitoramento oficial do Parque. As várias trilhas que partem de luxuosos condomínios, estradas próximas ou comunidades carentes que se instalaram em torno do Parque também são de grande relevância no fator "lotação" das trilhas da P. Gávea.

O fácil acesso ao início da trilha por meio de veículos particulares ou transportes coletivos permitem que muitos visitantes cheguem facilmente ao início da trilha.
Por se tratar de uma trilha de forte aclive e muito próxima ao mar, as águas pluviais constantemente escoam pelas trilhas em grande volume e velocidade causando grande impacto em suas trilhas. Esta erosão pluvial costuma causar grande impacto erosivo o que acaba induzindo os excursionistas a procurarem caminhos menos escorregadios para sua ascenção. O resultado mais comum para esta equação é a formação de longos atalhos impactantes à fauna e flora ao redor da trilha.
O alto grau de depredação por parte dos visitantes também vem a ser um fator de grande contribuição para a degradação da trilha. Pelo fato de quase não haver a presença institucional do Parque nesta montanha, é comum observar que os visitantes desconheçam a existência de uma uniddae de conservação no local.
A Proposta de Revitalização.
- Objetivos do projeto.
Após anos caminhando pelas trilhas da Pedra da Gávea e sempre observando a degradação crescente, o Grupo Terralimpa em parceria com o Parque Nacional da Tijuca e amigos voluntários dão início em 2004 ao projeto de revitalização e recuperação das trilhas da Pedra da Gávea. Um dos objetivos principais do projeto era diminuir o impacto ambiental por erosão que em grande parte era causado pela intensa visitação e principalmente por falta de manutenção periódica por parte do Parque.



- Confecção de degraus de contenção de erosão.
A recuperação dos trechos erodidos e escorregadios através de degraus de contenção e estacas foram amplamente realizados. Desta forma os excursionistas poderiam transitar normalmente pela trilha sem causar impacto na mesma e também evitariam que procurassem ou formassem atalhos erosivos a fim de facilitar sua ascenção. Inicialmente trabalhamos com troncos de madeira "Sabiá" no tamanho de 75,0cm de comprimento e 10,0 a 15,0 cm de diâmetro. As estacas de "maçaranduba" tem em média 35,0cm de comprimento e os mais diversos diâmetros. Nos trechos mais distantes onde gastávamos em média duas horas para chegar ao ponto de trabalho percorrendo a trilha de forte aclive carregando o material nas mãos e em mochilas carrgueiras o que causava um desgaste muito grande por parte dos voluntários, acabamos substituindo estes degraus de "Sabiá" por degraus feitos de caibros de "Maçaranduba" (7,0 x 4,0) e 90,0cm de comprimento.


- Drenagem
As drenagens foram inicialmente confeccionadas com troncos de "Sabiá" cortados no sentido longitudinal com o comprimento de 1,50 metros e estacas de maçaranduba. Depois passamos a utilizar a Maçaranduba para confeccionar as drenagens.
- Instalação de sinalização indicativa e educativa
Usamos o padrão de sinalização utilizadas pelo PNT (Setas de madeira "Ypê" com nomes pintados e verniz de proteção). Também utilizamos pregos de cobre que não enferrujam e assim não fazem mal às árvores. Placas de PVC com textos educativos em recorte eletrônico e laminadas com vinil transparente para protegê-la de pixações e auxiliar em posteriores limpezas. Setas amarelas e vermelhas foram pintadas em rochas e árvores ao longo da trilha principalmente próximo a bifurcações. Os tótens da entrada da trilha foram recuperados e adicionado mapa da trilha.
- Educação ambiental
Hoje o visitante recebe sacolas oxibiodegradáveis com textos educativos ao passarem pela guarita no início da trilha (regras de boa conduta em Parques).

- Fechamento de atalhos, correção dos agentes de erosão reorganização do traçado original da trilha.
Para os fechamentos de atalhos utilizamos arames galvanizados, placas de sinalização, cercas confeccionadas com bambus nativos e principalmente plantio de mudas que foram retiradas das proximidades. Troncos e serrapilheira (resto de folhas e galhos) foram amplamente utilizados. Os fechamentos de atalhos normalmente ocorrem em 04 etapas:

- 1ª Etapa
Recuperação ou reabertura do traçado original deixando-o ápito para receber com segurança e comodidade os excurcionista sem causar impacto ao local. Neste caso normalmente utilzamos degraus de madeira para conter a erosão.

- 2ª Etapa
Fechamento do atalho por meio de arames, cordas, bambus, arames, placas e etc...

- 3ª Etapa
Descompactação do solo com ferramentas. Plantio de mudas existentes no entorno, camuflagem com serrapilheira para que o atalho perca a aparência de trilha transitável.

- 4ª Etapa
Manutenção periódica do fechamento do atalho até os excursionistas voltarem a se habituar com o "novo" traçado. Obs. A manutenção nos seis primeiros meses é fundamental para o sucesso do fechamento do atalho. Normalmente os excursionistas que frequentam assiduamente o local, tendem a querer continuar a transitar pelo atalho fechado, muitas vezes ignorando, furtando ou danificando as placas indicativas.
- Pegadores metálicos
A principal finalidade do pegador metálico não é de facilitar a progressão de excursionistas menos preparados, e sim evitar que eles saiam da trilha principal. A instalção destes grampos são realizadas basicamente com a finalidade de sugerir um caminho menos danoso ao meio ambiente a ser preservado com um menor pisoteamento da vegetação às margens do traçado original da trilha, com o consequente alargamento da mesma; Normalmente estes grampos são instalados em rochas com o auxílo de furadeiras a bateria onde a trilha possui aclive muito acentuado e de pouca aderência. Muitas vezes quando somos abordados na trilha, normalmente explicamos que não se faz necessário a instalação destes facilitadores metálicos e que só fariamos a instalação se houvesse o perigo de haver pisoteamento da vegetação às margens da trilha ou risco eminente de vida. - Voluntariado
O Projeto está sendo quase todo realizado por mão de obra voluntária, tendo o Parque Nacional da Tijuca cedido algumas vezes equipes para trabalhar na trilha. A maioria dos voluntários são de clubes excursionistas, simpatizantes, ONGs, e amigos em geral. - Apoio moral e material
Para compra de material utilizado nos trabalhos de campo, contamos com a ajuda de algumas lojas de montanhismo e outras iniciativas privadas que simplismente acreditam no trabalho voluntário e ajudam com suas possibilidades sem nada pedir em troca, além do apoio material que alguns voluntários sedem ao projeto.
- Resultados
Após cinco anos de Projeto , podemos perceber uma enorme melhoria em vários trechos da trilha.

- Grande aceitação do projeto por parte dos excursionistas que frequentam as trilhas;
- Recuperação de boa parte da vegetação no interior dos atalhos que foram fechados;
- Término da erosão em grande parte dos trechos trabalhados;
- Grande melhoria na drenagem de toda extensão da trilha;
- Preservação da vegetação ao redor da trilha;
- Menor índice de acidentes;
- Maior facilidade e rapidez de acesso a vários pontos da trilha por parte de equipes técnicas e fiscalização do Parque e também de busca e salvamento;
- Conscientização da importância do trabalho voluntário em unidades de conservação.

Uma das principais conquistas foi a instalação de uma guarita de fiscalização do parque no início da trilha na estrada Sorimã com vigilantes de plantão 24h.
- Algumas conclusões- A boa utilização do trabalho voluntário depende muito mais de planejamento, organização, comando e metas claras do que grande quantidade de voluntários na trilha. O bom trabalho voluntário como todo trabalho em equipe depende de uma boa administração.

- Os pegadores metálicos são muito mais eficientes do que cabos de aço ou correntes fixadas para ascenção, além de baixo custo de manutenção.

- Mudas retiradas do entorno dos locais a serem plantados tem muito mais chanse de vingarem do que mudas trazidas de viveiros longe da área a ser plantada.

- Acreditamos que este trabalho de recuperação da trilha utilizando essencialmente mão de obra voluntária possa ser utilizado em várias unidades de conservação já que o número de pessoas que desejam ser voluntárias em Parques é significativa e levando em consideração uma boa estrutura organizacional.
O projeto continua sendo realizado em fins de semanas alternados.
Para quem desejar saber mais ou ajudar de alguma forma é só entrar em contato pelo e-mail:
Por:
Ivan Amaral

quarta-feira, 10 de março de 2010

Trilha da P. Gávea

(Pedra da Gávea/Gigante adormecido)
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A Pedra da Gávea situada no Setor C do parque Nacional da Tijuca é considerado o maior monólito do mundo localizado a beira mar. É um impressionante monumento natural de gnaisse com topo de granito subindo à 844 metros acima do nível do mar. Situado mais precisamente entre os bairros de São Conrado e Barra da Tijuca, ela ganhou este nome devido ao seu formato de cesto, conhecido como Gávea (cesto onde se localizava um observador nas antigas embarcações).
(Pedra da Gávea vista da Barra da Tijuca)
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É considerada a trilha que melhor representa o montanhismo na ciddae do Rio de Janeiro, seja pelo grau de dificuldadde técnica (possui trechos de escalada), pelo esforço físico (aclive acentuado), ou pela sua altitude de 844m com início da trilha próximo ao nível do mar, e com sua proximidade com o litoral onde normalmente as nuvens se deparam com seu enorme bloco de granito que costuma reter as nuvens provocando grande umidade e falta de visibilidade em seu cume mesmo em dias ensolardos.
(Início da trilha)
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O acesso a trilha fica no final da Estrada Sorimã que é acessada pelo largo da Barra onde existem alguns bares, entre eles o tradicional "Bar do Oswaldo". No final dessa estrada tem um trecho de terra (100 metros) que aconselho deixar o carro no fim do asfalto antes deste trecho de terra até a entrada pois é péssimo para os carros. Existe um portão de uma casa e a direita podemos avistar nitidamente o tótem de entrada da trilha com informações, e o mapa da trilha, logo em seguida temos a guarita de fiscalização. Existe uma pequena praça para estacionar os carros. . Após passar pela guarita. (não há cobrança de ingresso).

(Pedra Bonita vista do mirante)

A trilha começa em uma estradinha de pedras calçadas (feitas pelos escravos da antiga fazenda Sorimã) e passa por uma bonita cachoeira a direita, que é chamada de Cachoeira do Sorimã, nos dias mais quentes ao final da trilha é tradicional o banho neste local. Após a cachoeira a trilha começa a ficar mais íngreme, e em menos de 50 minutos passamos pela primeira escalaminhada, que é feita com a ajuda de alguns pegadores metálicos e troncos de árvores. Logo depois surge um outro obstáculo na trilha, uma laje de pedra escorregadia onde foi colocado alguns degraus de ferro e um cabo de aço para ajudar, o que torna essa subida bem mais fácil, assim que passamos desse ponto chega-se a um interessante conjunto rochoso, que forma uma gruta, conhecida como Pedra do Navio, de onde podemos apreciar o primeiro visual da barra da Tijuca. Após este trecho que é o mais pesado de todo o percurso da trilha seguimos por um grotão onde podemos pegar água e logo em seguida temos mais um trecho rochoso que requer alguma atenção mas sem nenhum perigo. Seguindo a trilha por mais meia hora chegaremos em um local descampado e plano chamado de Praça da Bandeira, nesse local é onde se encontram trilhas para a Pedra Bonita e para São Conrado (esta interditada pela direção do Parque) e não possuem sinalização. Após este trecho é só seguir a sinalização a direita e logo chegaremos ao mirante de onde podemos avistar a Pedra Bonita, alguns picos do Parque Nacional da Tijuca, Jacarepaguá e Zona Sul além de Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, a Baia da Guanabara, a Pedra do Elefante essa já da cidade de Niterói.

(Saindo do mirante em direção a Carrasqueira)

Após o mirante a trilha segue por um trecho sem árvores com o visual da Barra da Tijuca a sua direita. Para os escaladores existem várias opções de vias com dificuldades que variam de 1º a VIIa graus em vias clássicas e até A3 em artificial e logo em seguida a esquerda começa o trecho chamado "Carrasqueira". A "escalaminhada"por este trecho requer um certo cuidado, mas o que conta é o emocional, tem muita gente que chega nesse ponto e não sabe o que fazer ou fica nervoso devido a grande exposição. Para pessoas sem experiência não é aconselhável prosseguir, tente sempre ir acompanhado de um guia ou montanhista experiente.

(Chegando no platô)

Superado a Carrasqueira, a trilha continua subindo até o Portal da Gávea que se localiza logo a frente e a esquerda lembrando uma enorme porta de pedra. Alguns dizem que esse portal liga a Pedra da Gávea a outras dimensões e a outros lugares sagrados do mundo como por exemplo, Machu Pichu. Depois do Portal a trilha adentra novamente na Mata Atlântica até chegar a uma entrada a esquerda com uma subida íngreme entre raizes e degraus de madeira até chegar ao platô ou cume. Chegando no platô ou Mesa do Imperador existe um caminho para a direita que fica de frente para São Conrado, e o caminho da esquerda que vai para o cume (ponto mais alto)topo da Cabeça do Imperador, mas para chegar aí é preciso descer uma pequena encosta com auxílio de um cabo de aço e degrus metálicos que auxiliam a descida. Logo em seguida é necessário fazer uma escalaminhada escorregadia para subir no topo da cabeça, mas é preciso ter cuidado principalmente na hora de voltar pelo mesmo trecho de pedra. Do alto da Pedra é possíver ter uma visão espetacular de 360 graus da cidade do Rio de Janeiro.

(Chegada no platô)
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Hoje a trilha da Pedra da Gávea está toda sinalizada e para não se perder é só seguir a trilha principal e seus degraus de madeira. A subida leva em média duas ou três horas.
(Praia de São Conrado e morro Dois Irmãos)
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(Vista de Niterói no outro lado da Baia de Guanabara)

Recomendações mais importantes: Não se esqueça de levar sempre água, lanterna e um agasalho mesmo em dias de sol pois, a temperatura e as condições do tempo nesta montanha mudam rapidamente. Nunca suba sozinho.
(Pôr do Sol visto da Pedra da Gávea com a prai da Barra)

terça-feira, 9 de março de 2010

Mapa da trilha

Atualmente existe no início da trilha para a Pedra da Gávea (final da estrada Sorimã) um tótem com informações básicas como regras de conduta e um mapa detalhado da trilha. O visitante também irá encontrar uma guarita onde vigilantes patrimoniais do Parque Nacional da Tijuca fazem um controle dos visitantes e distribuiem sacolas oxi-biodegradáveis além de prestar pronto atendimento nos casos de segurança e primeiros socorros. A guarita possue vigilantes 24h por dia e vale a pena lembrar que oficialmente não é permitido o pernoite na Pedra da Gávea.




Reflorestamento do Parque e Major Archer


No século XIX começou a faltar água no Rio de Janeiro e as zonas de recarga dos aquíferos e nascentes que abasteciam a cidade tiveram de ser recuperadas com o plantio de árvores.

Segundo Armando Antônio de Brito Neto, "pela primeira vez - em toda a história da raça humana - promoveu-se a recuperação de uma área devastada pela ação do homem e que fora destruída, e isto ocorreu quatro anos antes que Haeckel viesse a criar o vocábulo ecologia".

Nessa época, a Tijuca ainda era um misto de zona rural, ocupada por uma população de hábitos urbanos que aos poucos ia transformando suas casas de campo em residências permanentes. No ano de 1812, embora continuasse como freguesia rural, ocorreu uma intensa ocupação da área e, a partir de 1818, o governo começou a tomar medidas para coibir o desmatamento, proibindo a derrubada da mata nos mananciais dos rios Paineiras e Carioca, medida que não teve os resultados esperados.

A grande seca de 1844 acelerou o processo e o restante da mata, ainda abundante nos morros, foi devastado para o plantio do café. Com os mananciais que abasteciam a Cidade seriamente ameaçados, a falta de água fez com que D. Pedro II determinasse o reflorestamento da área, empreitada iniciada em 1861 e conduzida sob a direção do Major Manuel Gomes Archer e do administrador Thomás Nogueira da Gama.

O Major Archer reflorestou as matas da região da Tijuca durante 13 anos, plantando cerca de 80 mil mudas de espécies variadas de árvores, nativas e exóticas.

Já Thomás Nogueira da Gama recuperou durante 25 anos as matas do Sumaré e das Paineiras, plantando mais de 20 mil mudas de árvores.

Até hoje a população do Rio de Janeiro é abastecida pela água dos mananciais recuperados e a Floresta da Tijuca tornou-se um dos principais pontos turísticos da cidade.

Fontes:
Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro - TijucaBrito Neto A.A. Floresta da Tijuca, a primeira restauração da natureza no mundo. 1990

segunda-feira, 8 de março de 2010

Fauna e Flora da Pedra da Gávea

Fauna
Após sofrer grande ação de caçadores, desmatamento e incêndios, a fauna existente no Parque Nacional da Tijuca e especialmente a Pedra da Gávea por não haver fiscalização, sofreram grande alteração durante os últimos 400 anos, o Parque não apresenta todos os animais que caracterizam sítios similares da encosta atlântica da Serra do Mar.
Ocorrem numerosos insetos, aranhas e outros artrópodes diversos; cobras como caninanas, corais, jararaca, jararacuçus; lagartos como calangos, iguanas, teiús; como saíras, rendeiras, tangarás, arapongas, beija-flores juritis, gaviões, urubus, urus, jacupembas, inhambus-chintã; mamíferos como sagüis, macacos-prego, cachorros-do-mato, quatis, guaxinins, gatos-do-mato, pacas, ouriços-coendu; caxinguelês, tapitis, tatus, tamanduás-mirim, gambás, etc., entre milhares de exemplares de uma fauna que se esconde do visitante ou é noturna.
Nas trilhas da Pedra da Gávea ainda podemos avistar com frequência os macacos pregos, quatis, jaracas, corais, saguis, tamanduás, gambás e caxingulês além tucanos e tangarás.



Flora
Primitivamente todo o Parque esteve coberto por densa cobertura florestal do tipo de Mata Tropical Pluvial. Historicamente, tal floresta foi quase que inteiramente substituída, em razão da retirada de madeira de construção para o Rio, lenha e carvão para consumo de numerosos engenhos de cana-de-açúcar, olarias e fins domésticos, bem como da expansão da lavoura cafeeira em quase todas as áreas.
Em meados do século 19, a Floresta da Tijuca praticamente havia desaparecido, devastada para se plantar café. Mananciais que abasteciam a cidade também estavam morrendo. Diante do desastre, a área é desapropriada e o Barão do Bom Retiro, ministro de Pedro II, designa Manuel Gomes Archer administrador da Tijuca com mais seis escravos para iniciarem o trabalho de reflorestar toda a área devastada.
Monumento aos escravos que reflorestaram a Floresta da Tijuca, localizado no Centro de Visitantes.
Em seguida, foram plantadas milhares e milhares de mudas de árvores, trazidas das áreas vizinhas (Pedra Branca, Guaratiba, etc.). A partir do século XIX, a Natureza veio retornando a área e hoje temos o Parque quase que totalmente florestal, com uma flora rica e diversificada. Murici, ipê-amareio, ipê-tabaco, angicos, caixeta-preta, cambuí, urucurana, jequitibá, araribá, cedro, ingá, açoita-cavalo, pau-pereira. cangerana, canelas, camboatá, palmito, brejaúba, samambaiaçus, quaresmeiras, caetés, pacovas, líquens, musgos, etc. são algumas das milhares de espécies vegetais que formam a complexa floresta do Parque.
Há que se distinguir a introdução de flora exótica, hoje aclimatada em sua maioria, como dracenas, bambus, beijos freira, jaqueiras, mangueiras, fruta-pão, jambeiros, jabuticabeiras, cafeeiros, etc. Ainda existem resquícios das matas originais nos pontos de difícil acesso.
Podemos encontrar árvores de todos os portes e uma floresta exuberante na vertente da Barra. Também encontramos algumas bromélias e orquídea, como a Laelia Lobata, que só é encontradas na Pedra da Gávea. Já a vegetação do topo da montanha está bastante prejudicada pelo próprio usuário ou por vários incêndios intencionais e os causados pelos balões, vem descaraterizando este lugar tão especial.
Na parte baixa da montanha podemos encontrar grande quantidade de jaqueiras (espécie exótica) que infelizmente ja começa a causar inpacto negativo na vegetação local.
A direção tenta realizar periodicamente um trabalho de anelamento nestas árvores afim de controlar o rápido crescimento das éspecies invasoras.