segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Nova Friburgo/RJ vai ganhar parque ecológico em distrito castigado pelas chuvas

Olá pessoal, após tanta destruição começa a aparecer boas notícias ambientais em Nova Friburgo:

O governo do estado do Rio de Janeiro anunciou neste domingo (23) que será implantado um parque ecológico no distrito de Córrego Dantas, em Nova Friburgo, um dos locais mais castigados pelas fortes chuvas registradas na região serrana fluminense há 12 dias. Os estudos para implantação do parque serão iniciados nos próximos dias.

O presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), vinculada à Secretaria de Obras do estado, Ícaro Moreno Júnior, informou à Agência Brasil que o parque “vai servir como área de lazer, turismo e educação ambiental”. O parque irá ocupar uma área de 20 quilômetros (km) de extensão por 100 metros de largura, totalizando 2 milhões de metros quadrados (m²).

Moreno explicou que, no local, a calha do rio está totalmente ocupada. “Nós vamos remover e realocar todas as pessoas que estão nesse vale e construir um parque ecológico. Ele terá uma dimensão tamanha que toda a região vai usar esse parque. Tanto Teresópolis, como Petrópolis, Nova Friburgo e toda a região no entorno”.

O presidente da Emop não descartou a possibilidade de ser firmada uma parceria público-privada (PPP) para a manutenção do parque. “Os governos federal, estadual e municipal implantam o parque e, depois, as empresas privadas, numa parceria, poderiam fazer a manutenção e a operação. Seria muito bom fazer um chamamento às empresas privadas”. A expectativa é que, em 2012, o parque de Córrego Dantas estará concluído. “Um ano é a nossa meta”, disse Ícaro Moreno Júnior. (Fonte: Alana Gandra/ Agência Brasil)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Expedição Monte Roraima

Olá pessoal,
Hoje o TerralimpaTv vai mostrar para vocês como foi nossa expedição ao Monte Roraima. Eu, meu amigo Pedro Menezes e Wagner Cabeção-SP realizamos o sonho de percorrer os 100km de caminhada durante 07 dias e 06 noites em um trekking magnífico pelo "Mundo Perdido".

Atingimos o Ponto Tríplice da fronteira entre o Brasil, Venezuela e Guiana que é o marco a ser alcançado por todos os excursionistas que se aventuram em galgar os 2723 metros de altitude do Monte Roraima.


Durante muito sol, chuva, frio, mosquitos, rios caudalosos, paredões e vistas deslumbrantes, gravamos belas cenas que valem a pena serem divididas com todos os amantes de caminhadas.
A seguir, postamos os vídeos e as dicas para quem deseja realizar ou simplesmente apreciar esta fascinante caminhada com segurança e conforto, sem perder o espírito de aventura de uma boa excursão nas montanhas.




Nossa expedição começou a ser gerada em uma caminhada na África do Sul com meu amigo Pedro Menezes e depois fomos amadurecendo a ideia até julho, quando começamos a pesquisar a agência que contrataríamos para esta expedição. Por sorte, logo conhecemos o Magno da Roraima Adventures que nos deu total orientação até o dia do embarque em Boa Vista-Roraima para a Venezuela onde fomos muito atendidos por todos de sua equipe.
Eu, Pedro e o Cabeção-SP tivemos uma equipe de um guia brasileiro + guia venezuelano(cozinheiro) + 04 carregadores, sendo dois destes contratados a mais por nós.

Durante a expedição não nos preocupamos com nada. Tivemos café da manhã na barraca todos os dias e fartas refeições que nos deixaram bem nutridos para os 100 km de caminhada.

A entrada no Parque Nacional de Canaima só é permitida com um guia venezuelano e os carregadores são índios que moram no Parque.
Durante o trajeto pudemos encontrar grupos de ingleses, poloneses, canadenses, coreanos, americanos, espanhóis, dinamarqueses e muitos outros que cruzam a trilha constantemente indo e vindo do Monte.

A caminhada em si não é tão pesada mas, depois de muito sol, chuva, mosquitos, longas caminhadas e 06 pernoites em barraca ao lado de um cara que roncava todas as noites, é preciso estar bem mentalmente e fisicamente para poder continuar curtindo toda a expedição sem perder o "pic".

Abaixo coloquei alguns extras de fotos e vídeos para todos curtirem mais.

A Sandra não participou desta aventura mas nos encontrou na Venezuela para irmos até o Salto Angel, que é a maior cachoeira do mundo com 979m (ver postagem anterior).



Em breve estarei adicionando mais informações neste post.
Abraços,
Ivan

'Parar de escalar seria trair Berna'

Ola pessoal,
Nossa amiga Ana Karla fez a gentileza de nos enviar esta matéria do estadão:

"Estou bem fisicamente. Durmo bastante, me alimento bem (ou o melhor que posso) e tenho me hidratado. Fiquei em El Chaltén por quase dez dias e agora estou no Rio, onde o carinho da família e dos amigos irão me ajudar nesse momento difícil.

Berna (o montanhista carioca Bernardo Collares, de 46 anos, cujo corpo jaz num platô de difícil acesso do Monte Fitz Roy, Patagônia Argentina) não era apenas meu parceiro de escalada, era o meu melhor amigo. Criamos uma parceria na montanha que transcendeu as paredes rochosas: trabalhávamos juntos pelo montanhismo, compartilhávamos ideias e ideais, viajávamos juntos, planejávamos aventuras... Nada nos prepara para uma situação e uma decisão assim (deixar um companheiro ferido no alto da montanha e descer para pedir socorro). Sim, era a única opção, mas isso está longe de ter sido fácil. Berna não podia se mover, a dor era muito grande. Antes de eu dizer qualquer coisa ele falou: ‘Kika, daqui eu só saio de helicóptero. Você precisa descer sozinha. Me deixa aqui e vai buscar ajuda’.

Na caminhada de aproximação ao Fitz Roy, conversamos sobre milhões de coisas. Mas, agora, lembro apenas de nós dois rindo de nós mesmos, de quando, três anos antes, íamos fazer a primeira escalada juntos na região e não conhecíamos o lugar. Rimos de nossa estratégia da época, hoje totalmente inadequada. Mas aí a subida começou e o papo ficou para trás, para economizarmos energia. Na escalada, as conversas eram mais voltadas à escalada em si - os movimentos, o avanço, as decisões, o caminho a ser tomado e, claro, a paisagem maravilhosa.

No primeiro dia, andamos nove horas até a base da via de escalada e escalamos até mais ou menos 9 da noite, quando chegamos num bom lugar para bivaque, ou seja, para dormir. No dia seguinte, levantamos às 5h45 e começamos a escalar mais ou menos às 7h20. Escalamos até as dez da noite (quando ainda tem luz lá), e chegamos a outro lugar bom para bivaque, bem protegido do vento.

No dia 3 começou a nevar um pouco à noite e acordamos sem poder ver nada por causa das nuvens. Berna me olhou e falou: ‘Só para garantir que pensamos a mesma coisa, nossa decisão é descer, não é?’. Eu disse que sim, é óbvio. A nossa melhor opção era chegar a uma outra via, ao lado, mas para isso precisávamos subir um pouco mais. Subimos para onde não se enxergava nada. Esperamos um pouco e, como o tempo não melhorava, decidimos descer pela própria via em que estávamos. Eram 8h45.

(O grampo que prende a corda de Bernardo à rocha se solta e ele despenca de uma altura de 15 metros. Na observação da amiga, ele fratura a bacia na queda e fica desacordado. Nos momentos de lucidez, se queixa de muita dor e pede para ela ir buscar ajuda.)

Na descida depois do acidente, não me permitia pensar em muitas coisas além dos procedimentos necessários para me manter segura. No momento em que desci não havia mais como voltar para onde estava Berna. Minha única opção era fazer isso o mais rápido possível, sem perder a calma, para buscar ajuda para ele. Descia pensando em acionar o resgate, mas não pensava muito emocionalmente, porque isso apenas deixaria a minha situação mais precária.

Quando parei eram 22h40 e as últimas luzes do dia já estavam indo embora. Parei nesse dia apenas porque não sabia mais por onde seguir. Eu só pensava em ir rápido para acionar o resgate. ‘Dormi’ na montanha, no mesmo lugar em que tínhamos ficado no primeiro dia de escalada. Não comi ou bebi praticamente nada durante dois dias.

No segundo dia de descida, 4 de janeiro, muitas vezes tive vontade de parar, pois não tinha mais forças. Contudo, me obrigava a continuar por saber que simplesmente não podia parar. Eu estava no meu limite físico, emocional e mental. Cheguei à base da via às 14h45 do dia 4 e continuei descendo até o glaciar. Na medida em que tinha certeza de que não precisaria mais dos equipamentos, ia largando eles pelo caminho para seguir mais leve e com mais segurança. No final, terminei com poucos equipamentos, basicamente o que me manteria viva se eu precisasse fazer outro bivaque, além de uns poucos mosquetões, uma camalot 0.75 (equipamento que ajuda o escalador a se fixar em fendas na rocha) que guardei por valor sentimental e algumas coisas do Berna que tinha levado comigo para o caso de precisar.

No glaciar, mais ou menos a quatro horas da base e ainda a cinco horas de El Chaltén, encontrei o Juan, meu namorado, que tinha ido me buscar. Foi nessa hora que me permiti chorar pela primeira vez. Não me considero uma pessoa muito religiosa, mas sei que forças maiores estavam comigo ali. Pedia a todos os deuses que conheço e aos que não conheço também, mais a todos os anjos da guarda, para me ajudarem. E sei que me ajudaram. E sei que Berna, uma pessoa de luz e que tinha um campo energético muito forte, também me ajudou.

Sou arqueóloga de formação, com mestrado em antropologia e foco em desenvolvimento de equipes em ambientes de atividades ao ar livre. Fui guia de montanha profissional e tive uma empresa de escalada. Comecei a escalar em 1998 e escalar é uma fonte de aprendizado na minha vida. Escalando aprendo quem sou, desenvolvo minhas habilidades e trabalho meus valores. Não penso em parar de escalar. Isso seria trair quem eu sou e ir de encontro àquilo que me unia a meu amigo Berna."

DEPOIMENTO POR E-MAIL A CHRISTIAN CARVALHO CRUZ

Fonte:

http://www.estadao.com.br/

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Homenagem à Bernardo Collares na Urca neste sábado 15/01/2010.

Neste sábado dia 15 de janeiro de 2011, a comunidade de montanha estará se reunindo na Praça General Tibúrcio, na Praia Vermelha para homenagear o
montanhista e presidente da FEMERJ Bernardo Collares.
Pela manhã a programação é escalarmos o complexo do Pão de Açucar, horário e vias ficam a critério dos escaladores, e às 15h na Praça General Tibúrcio será realizado um pronunciamento por familiares e amigos.

O convite é a todos (caminhantes e escaladores) que como Bernardo, amam as montanhas.

Independentemente do tempo, chuva ou sol, o pronunciamento acontecerá.

Ótima oportunidade para revermos os amigos e prestarmos solidariedade a família do Bernardo.

Nos vemos lá...

Abraços,
Ivan A.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Comunicado da Femerj sobre o acidente de Bernardo Collares e Kika Bradford no Fitz Roy

A Diretoria da Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro (Femerj), divulgou na semana passada um comunicado sobre a morte do montanhista Bernardo Collares, presidente da entidade, no Fitz Roy. Veja o texto na íntegra.

Desde ontem, dia 5 de janeiro, a imprensa brasileira e argentina vêm noticiando o acidente sofrido com o presidente da Federação de Montanhismo do Rio de Janeiro (Femerj), nosso querido amigo Bernardo Collares, enquanto escalava o Fitz Roy, uma das montanhas mais desafiadoras do planeta, localizada no Sul da Patagônia, uma região com um dos climas mais severos e inconstantes que pode haver.

Um assunto como este, evidentemente, desperta um grande interesse no público em geral, motivo pelo qual a grande mídia vem dando tanto destaque ao ocorrido. Entretanto, por o montanhismo e a escalada em rocha envolverem muitas questões técnicas, é natural que alguns equívocos ocorram, por parte do grande público, na compreensão do que realmente aconteceu. Para tentar colaborar para um melhor entendimento, é importante ressaltar algumas questões.

Bernardo Collares e Kika Bradford formavam uma das duplas mais fortes do montanhismo em atividade no Brasil, tanto pela larga experiência individual, quanto pelo entrosamento conseguido em dezenas de escaladas juntos no Brasil e no exterior. Entre a comunidade de montanha não há a menor dúvida que as decisões tomadas por qualquer um dos dois seriam sempre as mais apropriadas em qualquer situação de acidente. Ambos, como guias federados de montanha, com todos os cursos possíveis no assunto e mais de década de experiência, seriam as pessoas que qualquer montanhista ficaria aliviado em dividir uma cordada em situação de risco. Ambos já demonstraram em muitas oportunidades serem pessoas competentes, capacitadas, solidárias, generosas e queridas. São, ainda, pessoas treinadas para agirem com o máximo de racionalidade em situações de estresse e perigo, pois isso pode, literalmente, fazer a diferença entre a vida e a morte.

Quando o acidente com os nossos amigos chegou ao conhecimento da comunidade de montanha, causou uma grande comoção, tanto por conta do que ocorreu com Bernardo, como pelo que ocorreu com Kika, que teve que tomar uma das decisões mais difíceis que um ser humano poderia enfrentar. A seu lado, seu grande amigo ferido, sangrando e sem conseguir se mexer. Abaixo, 50 rapéis até a base da montanha e dois dias de caminhada até o encontro com os companheiros que ficaram em El Chalten. Se em condições normais esse retorno já se mostraria muito exigente e viável somente a poucos suficientemente preparados como ela, fazê-lo carregando alguém maior e mais pesado que ela seria algo completamente fora de cogitação no paredão vertical de quase dois mil metros de pedras soltas e ventos que levantam as pessoas do chão.

Todos que conhecem minimamente os fundamentos do montanhismo e a região não possuem a menor dúvida a esse respeito. Felizmente a Kika, forte e determinada como ela só, conseguiu retornar para informar do ocorrido, depois de viver momentos dramáticos no longo trajeto. Ela agora se recupera das feridas físicas e, principalmente, emocionais, contando com o apoio e solidariedade de todos.

Femerj


fonte:http://www.webventure.com.br/montanhismo

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ele está onde sempre sonhou, diz irmã de alpinista desaparecido

As autoridades argentinas e a família de Bernardo Collares decidiram desistir do resgate do corpo do montanhista brasileiro que na última segunda-feira sofreu um grave acidente no Monte Fitz Roy, na Argentina. Os riscos existentes pelas más condições climáticas no local foram a razão principal para esta atitude ser tomada. Em entrevista ao Fantástico, a irmã de Collares, Erika, confirmou a desistência do resgate.

"Não vai haver resgate, o corpo vai ficar para sempre no alto...Ele está no pico que mais sonhava, no local que sempre sonhou. Acho que ele gostaria de ficar por lá", afirmou Erika. A irmã do montanhista batalha agora para conseguir o atestado de óbito de Bernardo Collares. "Preciso do atestado de óbito, mas não podem dar o atestado porque não tem o corpo". A embaixada brasileira, porém deve emitir o atestado após um laudo de morte presumida dado pelas autoridades argentinas.

Fonte:http://esportes.terra.com.br/noticias/

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Oficial dos Bombeiros diz que resgate de B. Collares no Fitz Roy será muito difícil

Montanhista e oficial do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Victor Carvalho, já esteve no Fitz Roy, conhece a região, e explica as dificuldades de resgate de Bernardo Collares.


Como escalador já tive a oportunidade de escalar duas agulhas do maciço do Fitz. A Guillaumet (Não fiz cume. Tivemos que descer devido a uma tempestade que pegamos depois de nove enfiadas, já no col 'Amy') e a Aguja de la 'S'.

Se as informações preliminares estiverem certas e o Bernardo ter ficado mais de 30 enfiadas para cima no Fitz é impossível ele ser retirado de lá a não ser que por helicóptero. Qualquer tentativa de resgate por escalada nestas circunstâncias seria muito arriscada, se não suicida (ao meu ver), e praticamente sem chance de sucesso. Ainda mais nas condições de saúde dele (hemorragia e fratura de bacia).

Infelizmente as condições de voo por lá são extremamente ruins, com ventos que chegam a 80 km/h. Duvido muito que uma operação de resgate aéreo seja possível, até pelo tempo passado desde os fatos: o acidente deve ter sido entre o dia 2 ou 3, e pela tempestade que teve no dia 3 ou 4.

A Kika Bradford foi valorosa e tomou a decisão correta. Sozinha ela não teria condições de resgatá-lo e iria morrer lá se ficasse.

A escalada - O Fitz Roy é uma das montanhas mais duras do mundo e o Bernardo sabia disso (por mais que ele estivesse no nível da montanha). A informação que chegou é que em Chaltén estão alguns dos melhores alpinistas do mundo (Rolando Garibotti, o próprio Tartari, acho que o Colin Haley também está lá, entre outros). Creio que se eles decidiram ser impossível um resgate, a decisão deles deve ter um embasamento técnico bastante forte.

Claro que tudo pode mudar conforme novas notícias cheguem, mas o mais importante agora é procurar dar amparo a família (os que têm acesso a ela) e dar amparo a Kika Bradford, pois ela sofreu uma das maiores provações e sofrimento que alguém poderia ter sentido.

Praticamente não conhecia ele, a não ser por um breve contato na Pedra do Baú uma vez e um e-mail trocado. Mas tinha grande admiração e estou muito triste com essa perda.

Por Victor Carvalho
Fonte: /www.webventure.com.br

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Queda de 15 a 20 metros de altura

O montanhista carioca Bernardo Collares caiu de uma altura de 15 a 20 metros e ficou inconsciente por ao menos 15 minutos antes de acordar, ainda delirante e com dores “atrozes”.

Este foi o relato de Kika Bradford, que fazia com ele a escalada do Monte Fitz Roy, na Argentina, ao amigo e também escalador André ilha, diretor do Inea (Instituto Estadual do Ambiente). Bernardo quebrou a bacia e teve hemorragia interna. Ainda não houve socorro.

O motivo da queda foi a saída da “ancoragem” da base. Kika já tinha descido pela mesma corda e aguardava o companheiro em um platô. Os dois não chegaram a alcançar o cume – decidiram dar meia-volta por causa do mau tempo –, embora estivessem muito próximos, por volta das 10h de segunda-feira. Foi quando aconteceu o acidente.

“Kika conseguiu trazê-lo até o platô, mas depois de 15 minutos ele continuava inconsciente. Acordou delirante, falando coisas sem sentido. Os dois concluíram que a única maneira de os dois sobreviverem era ela descer rapidamente e conseguir socorro aéreo. Ela pôs Bernardo dentro do saco de dormir e desceu”, afirmou Ilha.

Kika conseguiu chegar à base às 15h de terça-feira. Não foi possível ocorrer resgate.

Embora não seja tão alto em comparação a outras (3.375 metros), o Monte Fitz Roy é tido como uma escalada muito técnica por suas paredes verticais e pelas condições climáticas muito instáveis.

De acordo com André Ilha, Kika está “abaladíssima”, mas não tem sentimento de culpa porque os dois tiveram atitude sensata.

“Nenhum sentimento de culpa, porque ela fez o melhor para os dois. Mas está em choque e muito triste, porque são grandes amigos”, disse.

Não foi o primeiro acidente grave de brasileiros escalando na América do Sul. Em 1998, outros montanhistas de elite morreram tentando atingir o cume do Monte Aconcágua, na fronteira da Argentina com o Chile, pela parede sul.

Mozart Catão - primeiro brasileiro a subir ao Everest, ao lado de Waldemar Niclevitz -, Alexandre Oliveira e Othon Leonardos morreram após serem atingidos por uma avalanche.

(Fonte: IG Esportes)

Alpinista brasileiro sofre acidente e pode estar morto

Olá galera,

Desta vez abro esta postagem para divulgar uma notícia que pegou todos os montanhistas de surpresa.

Alpinista brasileiro sofre acidente e pode estar morto

Bernardo Collares, vice-presidente da Confederação Brasileira de Escalada, fraturou a bacia em montanha argentina


O alpinista brasileiro Bernardo Collares sofreu um grave acidente na montanha Fitz Roy, considerada uma das mais difíceis de ser escalada na região da Patagônia, na Argentina. Ele fraturou a bacia e sofreu hemorragia, e as chances de Bernardo ser encontrado com vida são praticamente nulas.

Aos 46 anos de idade, o alpinista estava com a escaladora Kika Bradford quando sofreu a queda e se machucou. Kika ainda tentou carregá-lo de volta para baixo, mas, como não conseguiu, deixou Bernardo no local e foi buscar socorro no povoado mais próximo.

A brasileira demorou dois dias para encontrar ajuda, mas as autoridades argentinas, médicos e outros alpinistas disseram que não fazia sentido voltar ao local onde Bernardo está para tentar resgatá-lo e cancelaram a busca. Além do ferimento, o alpinista teve que enfrentar uma tempestade na montanha perto da cidade de El Chaltén, sendo praticamente impossível encontrá-lo com vida. (Fonte: IG esportes).

Nosso amigo Bernardo era tão querido e prestativo entre os montanhistas que dificilmente não estará presente nas conversas, excursões e melhorias que serão realizadas no montanhismo brasileiro. Tenho certeza que ele continuará presente entre nós, não em espaço físico, mas, sim no coração e na mente de todos aqueles que amam o esporte e que lutam para manter nossas florestas vivas.

Abraços,
Ivan.